Vereadora de Goiás é desmoralizada em sessão por defender mulheres na política
Um fato que ocorreu nesta semana e foi notícia nos principais sites regionais aconteceu na Câmara dos Vereadores de Aparecida de Goiânia, (GO), na última quarta-feira (2). Quando a Vereadora Camila Rosa (PSD), teve o microfone cortado ao defender a presença de mais mulheres na política, durante a Sessão Ordinária.
O episódio iniciou quando o presidente da Casa, André Fortaleza (MDB), criticou uma postagem da vereadora nas redes social, em que ela defende a participação de mais mulheres e minorias na política.
O presidente da Câmara disse: “Não sou contra a classe feminina, sou contra cota, oportunismo, ilusionismo. Pode ser mulher, homem ou homossexual. [...] Eu não sou machista, sou contra fake news.”
Após as críticas, a vereadora pediu a palavra e ao tentar se defender, teve o microfone cortado, por ordem do presidente da Câmara. Quando ela respondeu: "É isso que fazem com as mulheres na política, é por isso que temos que procurar os nossos direitos".
A vereadora ficou tão abalada emocionalmente que começou chorar e logo em seguida deixou a casa.
No mesmo dia, Camila registrou um Boletim de Ocorrência por violência política contra mulher, crime previsto em Lei desde 2021. A Lei prescreve "Será punida qualquer ação que impeça ou restrinja os direitos das mulheres nos partidos e movimentos sociais, durante a campanha eleitoral ou ao longo do mandato".
A assessoria da Câmara de Aparecida de Goiânia afirmou que o regimento interno prevê que o presidente da Casa tem direito de manter a ordem durante as sessões.
AgoraMT – Liberdade FM