VÍDEO: deputada de MT troca "encarada" com senadora lulista em CPI



A sessão desta segunda-feira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPM) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi marcada por uma briga entre a senadora Leila Barros (PDT-DF) e a deputada federal bolsonarista Coronel Fernanda (PL-MT). As parlamentares se encararam e discutiram após Fernanda aplaudir a aprovação dos pedidos de prisão preventiva. A deputada comemorava “aprovamos, aprovamos” quando a senadora, que estava sentada ao lado dela na sessão, se mostrou indignada e passou a dizer que a base do governo Lula também aprovou a proposta. Elas precisaram ser afastadas pelos colegas quando aumentaram o tom e se levantaram da cadeira para discutir.

A CPI do INSS aprovou, por 26 votos a 0, nesta segunda-feira, um requerimento endereçado ao Supremo Tribunal Federal (STF), no qual pede ao ministro André Mendonça, relator da investigação das fraudes no órgão, a prisão preventiva e a quebra de sigilo de alguns dos suspeitos citados em investigações da Polícia Federal. Entre os nomes estão o ex-diretor Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS, André Fidelis, e Antônio Carlos Camilo, conhecido como o “Careca do INSS”. De acordo com o presidente do colegiado, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), a necessidade se dá "diante da possibilidade de fuga dessas pessoas do Brasil".

Careca é apontado como operador central, responsável por intermediar as relações entre associações fraudulentas e servidores públicos. Relatórios da PF indicam que ele movimentou R$ 53 milhões em valores oriundos de entidades sindicais e empresas relacionadas, muito acima da renda mensal de R$ 24 mil que declarava oficialmente. Parte desses recursos teria sido usada para comprar presentes a dirigentes do INSS, como um veículo Porsche de R$ 500 mil transferido para a esposa de um procurador do órgão. Segundo as investigações, pessoas e empresas relacionadas a André Fidelis receberam R$ 5,1 milhões “das empresas intermediárias relacionadas às entidades associativas”.

Eric Fidelis, filho de André Fidelis, que teria recebido valores através de seu escritório de advocacia, também está no requerimento de prisões preventivas. Completam a lista: o ex-procurador do INSS Virgílio Antônio Filho, o empresário Maurício Camisotti, Antônio Luz, Fernando de Araújo, Márcio Alaor, Ramon Novaes e outras 11 pessoas.