PF de Barra do Garças prende cacique condenado por morte de servidor da Funai

O crime contra o servidor público federal ocorreu em 2001, em uma aldeia de Água Boa

Policiais federais de Barra do Garças prenderam na tarde desta quarta-feira (20) um indígena da etnia Xavante, condenado a 12 anos de reclusão pelo homicídio qualificado de um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai). O crime contra o servidor público federal ocorreu em 2001.

De acordo com a Polícia Federal, apesar de reconhecer a organização social, costumes, tradições e a pluralidade étnica-cultural das comunidades indígenas, “os indígenas que se encontram em pleno gozo de seus direitos civis e possuem grau de cultura e estágio adequado, são plenamente responsáveis por suas ações. Por isso são responsabilizados penalmente por crimes cometidos, com todas as imposições legais”.

O chefe da Delegacia de Polícia Federal em Barra do Garças, Murilo de Oliveira, ressaltou que a PF permanecerá atuante e, se necessário, de forma dura e repressiva diante de crimes cometidos por quaisquer pessoas, inclusive indígenas, tanto no município de Barra do Garças quanto em outros do Vale do Araguaia.

Relembre o caso

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o índio xavante Marvel Tsôwôon em março de 2003, pelo homicídio qualificado do chefe do posto indígena da Funai em Água Boa, Floriano Márcio Vieira Guimarães, no dia 26 de setembro de 2001.

Segundo a denúncia, Floriano foi degolado pelo cacique Marvel quando esteve no município de Água Boa para fazer a demarcação de áreas beneficiadas pelo Programa de Apoio às Iniciativas Comunitárias (Padic). O cacique foi preso pelo crime, mas havia conseguido liberdade por meio de uma liminar em 2006.

(Com informações da PF e MPF/MT).