Policiais penais e advogados são alvos de operação por suspeita de facilitar entrada de celulares em presídios
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) cumpriu 43 mandados de busca e apreensão contra 15 policiais penais e quatro advogados, suspeitos de facilitar a entrada de aparelhos celulares e acessórios em unidades prisionais da Capital. A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (6), durante a Operação Caixa de Pandora, em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres.
Segundo as investigações, os policiais entravam com celulares e acessórios ou facilitavam a entrada dos objetos na Penitenciária Central do Estado (PCE), que eram utilizados pelos presos. Em troca, os servidores recebiam dinheiro ilícito.
Com os dispositivos em mãos, os detentos praticavam e ordenavam vários crimes fora dos presídios.
Ainda de acordo com o Gaeco, os advogados eram responsáveis por entrar com os aparelhos na prisão, utilizando do poder que tinham por causa da profissão. Eles tiveram o exercício profissional suspenso por determinação da Justiça.
As investigações revelaram também que um freezer novo, com sinais de violação, deu entrada na PCE para transportar inúmeros aparelhos celulares.
Nome da operação
A denominação “Caixa de Pandora” é uma metáfora usada para caracterizar ações que, menosprezando o princípio de precaução, desencadeiam consequências maléficas, terríveis e irreversíveis.
Liberdade FM/G1