Emanuel alcança marca de 20 operações em sua gestão

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) chegou a marca de 20 operações policiais durante sua gestão. O "recorde" foi atingido nesta terça-feira (28), se tornando o gestor com o maior número de investigações em quase 8 anos de mandato no Executivo municipal.


A operação número 20 que atingiu o Palácio Alencastro foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça e recebe o nome de “Miasma”, com objetivo de cumprir 32 mandados de busca e apreensão referentes a fraudes em licitação na Saúde de Cuiabá.

As operações começaram a ser deflagradas em 2018, dos quais 17 foram contra a Secretaria Municipal de Saúde. Os inquéritos culminaram no afastamento do chefe do Alencastro, servidores e até na prisão de ex-secretários da pasta.


Os esquemas investigados vão desde fraude em sistema de tecnologia para atendimento de paciente, contratação de médicos fantasmas, esquemas em serviços de raio-x, compra de medicamentos, desvio de dinheiro público na contratação de leitos de covid, fura fila de vacina entre outros.

Sangria I - 2018 (Polícia Civil)
A investigação da Operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes cometidos através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Intern (Proclin), Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar (Qualycare) e Prox Participações.


Foram detidos o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Flávio Alexandre Taques da Silva, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.


Sangria II – 2018 (Polícia Civil)
Esquema para atrapalhar as investigações sobre as fraudes na saúde. Os alvos foram o ex-secretário Huark Douglas, o ex-adjunto Flávio Taques e os médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer.


Overlap I – 2020 (Polícia Civil)
O ex-secretário de Educação de Cuiabá, Alex Vieira Passos, foi alvo na primeira fase da Operação Overlap, deflagrada em 23 de junho, pela Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Na ocasião, foi investigada a suspeita de lavagem de dinheiro promovida pela gestão da Secretaria Municipal de Educação. Ao todo, 9 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e o secretário foi afastado.


Overlap II – 2020 (Polícia Civil)
A segunda fase da Operação Overlap, deflagrada em 2020, aponta um suposto esquema envolvendo o procurador-geral do município de Cuiabá, Marcus Brito, com o ex-secretário de Educação da capital, Alex Vieira Passos, para contratação indevida de uma empresa no valor de R$ 2 milhões. Após o escândalo se tornar público, Brito pediu exoneração do cargo.


Overpriced I - 2021 (Polícia Civil)
Deflagrada em junho de 2021, a operação apurou irregularidades desde excesso de compra de medicamentos, somada a sobrepreço até compras sem licitação. Foram alvos ex-secretário Milton Corrêa, Luiz Antônio Possas de Carvalho, secretário adjunto de Gestão da SMS, João Henrique Paiva, o adjunto de Planejamento e Obras, Milton Correa da Costa, e o adjunto de Atenção, Luiz Gustavo Raboni.


Sinal Vermelho – 2021 (Polícia Civil)
Investigou desvio de dinheiro em fraude na compra de Semáforos Inteligentes para Cuiabá, o alvo da operação foi o então secretário de Mobilidade Antenor Figueiredo.


Overpriced II – 2021 (Polícia Civil e Gaeco)
Na segunda fase, foram verificadas irregularidades em 3 empresas a respeito de sobrepreço. Contudo, também se verificou dispensa de licitação e excessos nas compras de medicamentos. Nessa segunda fase foram alvos além do ex-secretário Antônio Pôssas, o ex-adjunto João Henrique Paiva (Gestão), Milton Correa da Costa Neto (planejamento e R$ 2,1 milhões Operações), Luiz Gustavo Raboni (assistência em saúde) - ex-servidora Helen Cristina da Silva (cotação de preços) - V.P. Medicamentos, Inovamed e mt Pharmacy.


Curare I - 2021 (Polícia Federal)
Esquema de desvio de dinheiro na Saúde de Cuiabá no valor de R$ 100 milhões. Um dos alvos foi o então secretário Célio Rodrigues, além de outras 20 pessoas e empresas. Entre as pessoas físicas, dois secretários da Prefeitura de Cuiabá. Célio Rodrigues da Silva e Alexandre Beloto Magalhães de Andrade ocupavam as pastas da Saúde e Gestão, respectivamente. Eles foram afastados do cargo por decisão judicial.


Colusão – 2021 (Polícia Federal)
Operação que também investigou esquema de desvio de dinheiro na Saúde de Cuiabá, no valor de R$ 1,9 milhão. Entre os alvos estavam ex-secretário de saúde, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho - ex-secretário adjunto, João Henrique Paiva - ex-diretor do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC). Elisandro Nascimento - ex-secretária de Planejamento e Finanças, Juliana Rocha - outros dois servidores e três empresas.


Cupincha - 2021 (Polícia Federal)
Esquema de desvio na saúde via contratação de leitos para Covid-19. Nesse suposto esquema, o ex-secretário Célio Rodrigues foi preso e afastado do cargo.


Capistrum - 2021 (Polícia Civil)
Investigou o esquema de contratação irregulares na Saúde de Cuiabá, com suspeita de desvio de R$ 16 milhões. Nessa operação foram alvos o prefeito, a primeira-dama e servidores. Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo.


Fake News – 2021 (Polícia Civil)
Operação foi deflagrada para investigar a disseminação de fake news por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais. Um dos alvos seria Marco Polo Pinheiro, o Popó Pinheiro, irmão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Além de Popó, dois servidores da Prefeitura de Cuiabá também são alvos da ação.


Chacal – 2022 (Polícia Civil)
Esquema de contratação de médicos fantasmas na Secretaria de Saúde de Cuiabá. Foram cumpridos mandados contra servidores da pasta.


Palcoscênico – 2022 (Polícia Civil)
Esquema de desvio de dinheiro nas Secretarias de Saúde e de Gestão. Entre os alvos a ex-secretária de Saúde Ozenira Félix, o ex-procurador Marcus Britto e a ex-secretária Adjunta de Atenção Básica, Miriam Pinheiro.


Curare III – 2023
Continuidade da operação em que se apurou um suposto desvio de R$ 7 milhões na Empresa Cuiabá de Saúde e na Secretaria Municipal de Saúde.


Operação Hypnos – 2023 (Polícia Civil)
Esquema na compra de medicamentos que não deram entrada na Saúde de Cuiabá. Entre os envolvidos estava o ex-secretários Célio Rodrigues e a empresa Remocenter Serviços Médicos.


Operação Overpay - 2023 (Polícia Civil)
Deflagrada para apurar um esquema indevido de pagamento realizado pela Secretaria Municipal de Cuiabá, com a conivência de agentes públicos, em benefício de uma empresa contratada para prestar serviços médicos.


Operação Iterum – 2023 (Polícia Federal)
Operação teve como objetivo desarticular uma quadrilha investigada por desvio de recursos públicos federais destinados à Saúde de Cuiabá. Estima-se que o prejuízo seja de R$ 13 milhões aos cofres públicos. A ação conta com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU).


Operação "Raio X" – 2023 (Polícia Civil)
As diligências cumpriram 16 mandados judiciais em uma investigação que apura irregularidades em um processo licitatório de R$ 2,6 milhões em 2022 na Secretaria Municipal de Saúde em Cuiabá.


Operação Miasma – 2024 (Polícia Federal)
Deflagrada para apurar fraude em licitação e contratação de empresa para o fornecimento de software de gestão documental por R$ 14 milhões.

Liberdade FM/Gazetadigital