Manejo é essencial para minimizar perdas por podridão de grãos da soja
O apodrecimento de grãos e vagens em estádio final de formação em lavouras de soja, seja em maior ou menor intensidade, continua sendo observado no Mato Grosso e com menor intensidade nas demais regiões produtoras do país. Estudos realizados com amostras coletadas nas últimas três safras indicam que a lesão se trata de uma doença causada por um complexo de fungos, o que exige ainda mais atenção do produtor quanto ao manejo fitossanitário correto.
Os sintomas dessa lesão nas lavouras começaram a ser observados na safra 2019/20, após as primeiras ocorrências no município de Tapurah, em Mato Grosso. Na safra 2020/21 relatos de apodrecimento de grãos e vagens em estádio final de formação em lavouras de soja passaram a ser vistos em Sorriso e região. Na temporada 2021/22, relatos ganharam mais intensidade no eixo da BR-163 no Mato Grosso.
Durante o ciclo 2022/23 houve maior dispersão e intensidade nas ocorrências de lesões nas vagens, conforme relatos, no eixo da BR-163, entretanto o incidente também foi diagnosticado nas regiões de Campo Novo do Parecis e Paranatinga, em Mato Grosso, e no estado de Rondônia.
Pesquisas recentes descartaram a hipótese de ser uma anomalia da soja, e indicam que se trata de uma doença causada por um complexo de fungos. Conforme os estudos, a podridão não é causada por um único patógeno, de acordo com as informações publicadas até o momento e, por isso, esses sintomas estão sendo classificados como um “Complexo de podridão de grãos”.
Especialistas pontuam que das amostras analisadas nas últimas três safras, foram detectados pelo menos seis patógenos presentes, principalmente Diaporthe sp. e Phomopsis sp., seguido de Colletotrichum sp., Cercospora sp., Phoma sp. e Fusarium sp.
“O manejo fitossanitário tem contribuído para minimizar a ocorrência dos sintomas e, segundo as pesquisas, principalmente fungicidas com ingredientes ativos do grupo das carboxamidas utilizados principalmente nas primeiras aplicações. Neste cenário, o portfólio BASF tem oferecido bons níveis de controle nos principais patógenos (Colletotrichum sp. e Cercospora sp.), conforme resultados de estudos recentes conduzidos pela Fundação Rio Verde, em Lucas do Rio Verde-MT”, comenta Mariana Dossin, especialista de Desenvolvimento Técnico de Mercado Sênior da BASF.
Dossin pontua que tais resultados corroboram com os trabalhos internos conduzidos por pesquisadores da BASF e mostram que as soluções da empresa são eficientes no controle dos patógenos contidos nas amostras das análises publicadas sobre a podridão de grãos da soja.
Em janeiro deste ano, a BASF teve a aprovação em registro para o manejo da Podridão de Grãos no fungicida Belyan®. Inovador no mercado agrícola, o produto é formulado com o ingrediente ativo Revysol®, destaca-se por ser o primeiro Isopropanol-Azol disponível, o que fornece ao sojicultor um amplo espectro de ação, rápida absorção, alta seletividade e excelente performance, com zero fito.
A tecnologia Power Flex, parte integrante de Belyan®, adapta-se às diferentes estruturas dos fungos, oferecendo resiliência, potência e flexibilidade no combate a patógenos.
Conforme Dossin, Belyan® é uma ferramenta robusta recomendada preferencialmente para a primeira aplicação de fungicida em soja, o que geralmente acontece pelos 30, 35 dias após o plantio. É um fungicida de amplo espectro de controle. Atua contra as principais doenças como cercóspora (Cercospora kikuchii) e mancha-alvo (causada por Corynespora cassiicola), além de ser fundamental no manejo da Podridão de Grãos.
“Temos indicação em bula dos nossos produtos fungicidas Belyan® e Blavity® para Colletotrichum e Cercospora também. É fundamental termos ciência de que a podridão de grãos é apenas uma das doenças que incidem nas lavouras do estado de Mato Grosso (foco das ocorrências) e que outras doenças como mancha-alvo, septoria, cercóspora e ferrugem-asiática seguem sendo altamente relevantes e alvos de um manejo eficiente de doenças”, afirma Dossin.
A especialista da BASF salienta que a BASF possui estudo sobre sensibilidade das variedades da companhia em Mato Grosso, as variedades da BASF foram acompanhadas e mensuradas pelo time de melhoramento genético em Sinop (MT), e apresentaram desempenho e convivência com a podridão de grãos.
Clima exige mais atenção dos agricultores
O plantio mais lento da soja em Mato Grosso nesta safra 2023/24 exigiu mais atenção dos agricultores quanto ao complexo de doenças da cultura, em especial a ferrugem asiática. Com as chuvas irregulares e altas temperaturas, especialistas orientaram para a necessidade de ações de controle preventivas de manejo. Agricultores que seguiram as indicações, mesmo em condições pouco favoráveis de aparecimento de doenças fúngicas, conseguiram proteger a lavoura no momento de aparecimento das doenças e tiveram maiores produtividades.
Conforme a especialista, quando avançamos a janela de plantio, como aconteceu em 2023, ano com uma das maiores janelas de semeadura do estado, a complexidade de doenças amplia, em especial quando se diz respeito a ferrugem asiática.
“Se não é feito o manejo preventivo, apesar das altas temperaturas, problemas muito sérios com doenças são inevitáveis. No momento que o clima voltar com temperatura e a umidade ideais, esses inóculos que já estão presentes no ambiente vão causar cada vez mais problemas na soja ao longo do seu ciclo”, diz a especialista da BASF.
A safra 23/24 demonstrou que, em qualquer situação climática, negligenciar o manejo fúngico da lavoura pode causar perdas irreparáveis à produtividade.
Mais de € 950 milhões em pesquisa por ano
A BASF, empresa alemã e líder mundial no propósito de criar química para um futuro sustentável, combinando sucesso econômico com proteção ambiental e responsabilidade social, tem o agricultor no foco de suas ações, desenvolvendo inovações para suprir as necessidades dos cultivos, contribuindo para a longevidade dos sistemas produtivos e Legado do agricultor.
A companhia destaca investir mais de € 950 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras para a agricultura.
“A BASF está atenta às necessidades do produtor para entregar as soluções que vão fazer a diferença na lavoura. A empresa estabelece uma relação de confiança e de legitimidade com os agricultores para alcançar os resultados de alta produtividade safra após safra e fortalecer o Legado da sojicultura brasileira”, enfatiza Dossin.
Liberdade FM (Ascom)