Onda de calor pode ter impacto na produção e preços dos alimentos, e inflação voltar a subir
Itens devem chegar ao mercado em menor volume e mais caros; clima prejudica desempenho do trabalhador e cultivo de espécies
Embora alguns setores da economia já observem um avanço nas vendas em decorrência das temperaturas mais altas, a onda de calor provocada pelo "super-El Niño" neste ano deverá ter mais impactos negativos que positivos para o país e para o bolso da população, alertam especialistas.
Além do maior consumo de energia elétrica e de água, diversos segmentos podem ter queda de produtividade, com custos mais altos.
As consequências desse superaquecimento vão afetar toda a cadeia produtiva, até chegar ao consumidor, afirma Marta Camila Carneiro, professora de MBAs (Master in Business Administration, uma modalidade de pós-graduação lato sensu) da FGV (Fundação Getulio Vargas).
"Com o aumento da temperatura global, algumas pragas podem ficar mais resistentes, o que vai forçar o sistema agrícola a usar mais fertilizantes, agrotóxicos e investir em outras estratégias de controle, elevando os custos de produção.
Esse aumento acaba sendo repassado para o consumidor, piorando o custo de vida", explica a profissional, que também é especialista em mudanças climáticas e ESG (do inglês Environmental, Social and Corporate), área que orienta boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa e investimento.
As consequências desse superaquecimento vão afetar toda a cadeia produtiva, até chegar ao consumidor, afirma Marta Camila Carneiro, professora de MBAs (Master in Business Administration, uma modalidade de pós-graduação lato sensu) da FGV (Fundação Getulio Vargas).
"Com o aumento da temperatura global, algumas pragas podem ficar mais resistentes, o que vai forçar o sistema agrícola a usar mais fertilizantes, agrotóxicos e investir em outras estratégias de controle, elevando os custos de produção.
Esse aumento acaba sendo repassado para o consumidor, piorando o custo de vida", explica a profissional, que também é especialista em mudanças climáticas e ESG (do inglês Environmental, Social and Corporate), área que orienta boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa e investimento.
Ainda em relação ao agronegócio, base da indústrica alimentícia, outra questão é a de culturas que não se adaptam ao calor. Com o calor acima da média, vai haver perda e, consequentemente, falta desse produto, o que também faz o preço subir", avalia.
Esse cenário de prejuízos no agronegócio, segundo o docente, também poderá causar um desequilíbrio na balança comercial, "principalmente no que se refere à safra de grãos", diz.
Liberdade FM - R7