Novo ensino médio: MEC deve reduzir formação básica para abrir espaço para curso técnico
Em reunião nesta segunda-feira, dia 28, com representantes de secretários de educação, professores, estudantes e conselhos estaduais, o Ministério da Educação (MEC) decidiu mudar parte da proposta sobre o novo ensino médio que havia sido apresentada no início do mês.
A carga horária da formação básica, com disciplinas como português, matemática, história e biologia, dos alunos que fazem ensino técnico deverá ser um pouco menor do que a ofertada para o restante dos estudantes.
A formação geral básica será composta por 2.400 horas, e a formação específica, por 600 horas. A exceção está relacionada ao itinerário formativo ligado à educação técnica e profissional. Neste caso serão 2.100 horas para o conteúdo básico e 900 para a parte específica.
Essa era uma preocupação de instituições e redes de ensino porque a formação técnica ficaria comprometida com uma carga horária que não é usual no país.
A expectativa é que o texto com o projeto de lei que seja enviado ao congresso sobre o novo ensino médio seja finalizado nesta semana. Aprovada em 2017, a reforma prevê flexibilização da carga horária da etapa, com parte das disciplinas escolhidas conforme as preferências do aluno.
Houve porém, uma série de críticas sobre sua implementação, sobretudo na rede pública, como falta de estrutura e baixa preparação dos professores para dar essas novas aulas e diminuição drástica das disciplinas de formação básica.
Diante das queixas de entidades de alunos e professores, o ministério abriu consulta pública para colher sugestões sobre o tema e apresentou uma proposta no começo de agosto. Depois disso vem realizando reuniões com entidades da educação para fechar pontos divergentes.
Liberdade FM - R7