Ministério publico federal investiga adoção clandestina de crianças indígenas em Água Boa
Trata-se terra indígena Pimentel Barbosa, das aldeias Pimentel Barbosa e Etenhiritipá, ambas localizadas em Água Boa
Em portaria publicada no Diário do Ministério Público Federal, o procurador da república em substituição Guilherme Fernandes Ferreira Tavares instaurou inquérito civil para apurar denúncias de adoção clandestina de crianças indígenas da uma aldeia da região de Água Boa (730 km a Leste).
O caso é referente à terra indígena Pimentel Barbosa, das aldeias Pimentel Barbosa e Etenhiritipá, ambas localizadas em Água Boa.
“Resolve o Ministério Público Federal, pelo procurador da república signatário, instaurar inquérito civil, [...] objetivando apurar ‘6ª ccr. Direitos Indígenas. Adoção Clandestina. Crianças indígenas da T.I. Pimentel Barbosa”, diz trecho da portaria.
Denúncias de adoção clandestina de crianças indígenas não são uma novidade em Mato Grosso. Em 2019, por exemplo, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves foi acusada por índios Kamayurá, da região do Xingú, de sequestrar uma criança da aldeia em 2005. A garota, que hoje tem mais de 20 anos, foi apresentada pela ex-ministra como sendo sua filha adotiva.
A menina foi levada por Damares para fazer um tratamento dentário fora da aldeia, juntamente com uma amiga da ministra, Márcia Suzuki, e ambas apresentavam como missionárias. A indígena nunca mais voltou. A ministra negou o sequestro.