Consumo de gás de cozinha no primeiro semestre foi o menor dos últimos 9 anos, aponta levantamento

Um levantamento do Observatório Social do Petróleo, utilizando os dados da ANP, mostra que, no primeiro semestre deste ano, o consumo de gás de cozinha no Brasil caiu 4,5% na comparação com o mesmo período de 2021.
O pico de consumo foi registrado no primeiro semestre de 2020, início da pandemia, e foi também o período em que as pessoas passaram mais tempo em casa, trabalhando no chamado home office.
O botijão de 13 quilos, o mais usado pelas famílias, foi vendido, em média, por R$ 110, no primeiro semestre deste ano. Esse valor é, pelo menos, 40% mais alto que o preço médio, comercializado nos anos anteriores.
O economista Eric Dantas atribui a redução do consumo a dois motivos principais: a diminuição das restrições sanitárias – que fez muita gente voltar ao trabalho presencial e o preço elevado do botijão.
“Nós estamos ainda em uma crise econômica e o nível de renda do brasileiro está muito baixo se a gente fizer uma comparação histórica. E também o preço do primeiro semestre de 2022 foi o mais alto da história. Então, preço elevado e renda baixa faz com que o nível de consumo do gás de cozinha seja baixo”, explica o economista.
Como consequência, muita gente passou a utilizar lenha. Nos últimos anos, ela ultrapassou o gás de cozinha e se tornou a segunda fonte de energia residencial mais utilizada no Brasil, atrás somente da energia elétrica. O gás, agora, está em terceiro lugar.
G1 – Liberdade FM