Banco Central aumenta as taxas básicas de juros para segurar a inflação

O Banco Central resolveu aumentar as taxas básicas de juros para tentar segurar a inflação.

A taxa bancária que, em média, estava em 28,5% em janeiro do ano passado, pulou para 35,3%. A Associação Nacional de Executivos fez uma projeção com este novo aumento da Selic, que é uma referência ao mercado.

A taxa do cartão de crédito que, de longe, é a mais cara, deve pular para 360,92%. A do cheque especial vai pra quase 148%.

Pegar empréstimos vai ficar mais difícil com o novo aumento da taxa básica de juros. A Selic agora está no maior patamar desde 2017: 11,75% ao ano. E, quando os juros sobem, o custo do crédito também fica mais caro.

Segundo o professor de economia do Insper, Roberto Dumas, o impacto inflacionário é consequência do cenário pós-covid e reflexos da guerra da Rússia. O economista prevê que os setores de energia e alimentos sofrerão mais com a inflação. Explica também que o BC aumentou as taxas de juros para evitar que os preços desses setores sejam repassados totalmente aos consumidores finais.

A ideia do BC é exatamente tornar o crédito mais caro para diminuir o consumo. Com menos gente comprando, a tendência é que o comércio e a indústria reajustem menos os preços e, assim, a inflação fica mais comportada. Mas, por outro lado, conseguir um empréstimo também ficará mais difícil.

Segundo a Federação de Bancos, em janeiro o volume de crédito sempre cai. Mas, por causa das dificuldades da economia, a expectativa é de um crescimento menor este ano.

 

G1 – Liberdade FM