O Araguaia também é formador do PIB de Mato Grosso ”, desabafa Dr. Eugênio em entrevista ao Jornal Liberdade News da Rádio Liberdade FM
O Parlamentar esteve ao vivo com o radialista Gilnei Macari onde ponderou sobre várias ações.
O desabafo foi feito pelo deputado estadual Dr. Eugênio Paiva (PSB), nesta sexta-feira, 19, em entrevista ao radialista Gilnei Marcari durante o Programa Liberdade News, da Rádio Liberdade FM 104,9 de Água Boa. O parlamentar reconheceu o empenho do governador Mauro Mendes e do vice-governador Otaviano Pivetta em atender a região Araguaia com a construção de 200 quilômetros de novos asfaltos e 800 metros de pontes de concreto, mas lamentou os anos de dificuldades vividos por grande parte das propriedades, que somente agora serão atendidas. Das 63 ordens de serviço dadas pelo Governo do Estado, 20 delas estão no Araguaia.
“Mato Grosso vive de commodities, e o Araguaia também é produtor de commodities. São mais de 2,4 milhões de hectares de área plantada e outros 5 milhões/há de pastagens, estamos em franca expansão, com expectativas sensacionais e não podemos continuar com pontes de madeira e estradas sem asfalto. É inadmissível que o Araguaia, que também é formador do PIB [Produto Interno Bruto] mato-grossense continue sem condições avançar, é ilógico”, defendeu Dr. Eugênio que se tornou o principal elo de articulações entre o Governo do Estado e a região
O deputado aproveitou para esclarecer que está avaliando junto a Secretaria de Estado de Infraestrutura (SINFRA) a possibilidade de indenizar comerciantes e moradores ribeirinhos instalados às margens do Rio das Mortes, na MT-326, em Nova Nazaré. Com o avanço das obras de construção da ponte, os moradores serão removidos do local e proibidos de explorar a área. Por décadas, moradores e comerciantes exerceram o papel estratégico como ponto de apoio aos viajantes que aguardavam pela travessia da balsa.
ZONEAMENTO SOCIOECOLÓGICO – Questionado sobre o avanço do projeto, Eugênio informou que aguarda do governador Mauro Mendes um posicionamento formal sobre o pedido de suspensão do Zoneamento Socioeconômico Ecológico (ZSEE), encaminhado pela Assembleia Legislativa ao chefe do executivo no final de fevereiro. Se permanecer como está, a proposta deve inviabilizar a exploração tecnificada de uma área com mais de 4 milhões de hectares, prejudicando 17 municípios do Araguaia. O município de Cocalinho seria um dos maiores prejudicados, com 98% de sua área inviabilizada para o plantio e outras atividades agrícolas.
O deputado trabalha junto aos municípios e ao setor produtivo a confecção de um novo estudo técnico. Com a coleta atualizada de dados será possível propor um modelo de produção sustentável e mais benéfico à região
Naiara Martins - Assessoria