Reeducandos de Água Boa recebem capacitações do Senar

Além de Água Boa, reeducandos de outros presídios também são capacitados pelo Senar

A capacitação tem servido como uma importante ferramenta para o processo de ressocialização no interior do estado. Por meio de treinamentos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), em parceria com os Sindicatos Rurais, contribui para levar conhecimento e beneficiar tanto a unidade prisional, quanto a economia local.

A horta da Penitenciária Major PM Zuzi Alves da Silva localizada no município de Água Boa é um exemplo de como os treinamentos ajudam o aprendizado prático. Por meio da parceria entre o Sistema Prisional, Sindicato Rural e Senar-MT, reeducandos aprenderam sobre o "controle de formigas cortadeiras e cupins", para aprimorar os cuidados com a plantação.

"O primeiro passo para combater uma praga, é obter conhecimento sobre ela. Dessa forma, os participantes saberão realizar o combate corretamente, evitando por exemplo, o uso de agrotóxicos", afirma o instrutor credenciado junto ao Senar-MT, Wanderson Batista da Silva.

Silva lembra ainda que a horta conta com plantio de culturas diversas e as técnicas de combate aos insetos foram ensinadas de acordo com a necessidade de cada espécie. "A horta tem plantação de abobrinha, quiabo, pimenta, mandioca e abacaxi. Com a variedade, os participantes puderam aprender a como controlar os insetos nessas culturas".

O instrutor ressalta também a importância da oferta de treinamentos para pessoas privadas de liberdade. "Uma vez que possibilitado o conhecimento, será mais eficaz a tentativa de reeducar esses indivíduos, possibilitando melhor convivência quando retornar a sociedade, permitindo também maior chance de ingresso no mercado de trabalho".

Curso de babaçu em Colniza - Os reeducandos da Cadeia Pública de Colniza também tiveram a oportunidade de se capacitar por meio do treinamento de "aproveitamento integral do babaçu" do Senar-MT em parceria com o Sindicato Rural e a unidade prisional. Os participantes aprenderam a produzir alimentos e produtos de limpeza através do coco de babaçu.

O material de limpeza produzido pelos reeducandos será aproveitado para a limpeza da própria unidade. Segundo o instrutor, Aécio Ferreira de Portugal, além do sabão, os participantes também aprenderam a produzir outros produtos. "O coco do babaçu apresenta inúmeras possibilidades de receitas como bolos, pães e biscoitos. Também aproveitamos as castanhas para fazer cocadas, bombons e pudins".

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