Empresário de Água Boa (MT) contesta resultado negativo para metanol e alega exame tardio
O laudo do Instituto de Criminalística de Goiás descartou a presença de metanol no exame realizado pelo empresário Igor Rodrigues, 27, morador de Água Boa. Ele ficou internado por 11 dias em um hospital particular de Goiânia, após apresentar sintomas compatíveis com intoxicação. Apesar da conclusão oficial, o paciente contesta o resultado e afirma que a coleta ocorreu muitos dias após a ingestão da bebida suspeita.
Igor relatou que o material analisado pela perícia goiana foi colhido apenas 8 ou 9 dias depois da ingestão do uísque, período no qual, segundo ele, o metanol já não permaneceria detectável no sangue. “3 ou 4 dias após a ingestão já não consegue mais pegar na corrente sanguínea”, afirmou. Ele destacou ainda que nenhum exame específico para metanol foi feito quando deu entrada no hospital de Água Boa.
O empresário disse que, antes de ser transferido, médicos apenas mencionaram a presença de “alto nível de solvente” no sangue, sem identificar qual substância. “Quem vai ter essas informações é a Polícia Civil da minha cidade, não a perícia de Goiás”, declarou.
Ele criticou como o laudo foi divulgado: “O que achei muito errado foi não mencionarem que o exame deu negativo porque fazia 8 ou 9 dias depois da ingestão”. Igor diz que já estava estabilizado quando chegou a Goiânia, após receber grande volume de soro em Água Boa. “Se tivessem achado metanol no meu sangue tantos dias depois, eu estaria totalmente enrolado. 2 ou 3 dias no organismo ou mata ou cega”, afirmou.
Segundo o empresário, seu quadro clínico só começou a melhorar quando passou a receber tratamento direcionado para intoxicação por metanol. “Antes disso só piorava. Só tive melhora depois que recebi o tratamento para metanol.”
O caso segue em análise pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Mato Grosso, que coletou amostras das garrafas apreendidas no estabelecimento onde Igor afirma ter comprado a bebida. O laudo estadual ainda não foi divulgado e deve apontar o conteúdo real dos frascos, já confirmados como adulterados.
Igor disse ter Pix da compra, vídeos no mercado e registro hospitalar que comprovam a ingestão da garrafa suspeita. Ele afirma estar em contato com a Perícia de Goiás para pedir correção na forma como o laudo foi publicado.
A Polícia Civil de Mato Grosso acompanha o caso e aguarda o resultado toxicológico do material apreendido.
Liberdade FM - Agência da Notícia com GD
