Governo Trump cancela vistos de dois brasileiros por participação no Mais Médicos

O governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (13) a revogação dos vistos americanos de Mozart Júlio Tabosa Sales, atual secretário do Ministério da Saúde, e de Alberto Kleiman, ex-funcionário do governo federal.

A medida foi divulgada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que justificou a decisão pela participação de ambos na implantação do programa Mais Médicos, lançado em 2013 durante o governo Dilma Rousseff (PT), com forte presença de profissionais cubanos.

Segundo o governo americano, Mozart Sales e Alberto Kleiman teriam usado a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) como intermediária para viabilizar o programa, contornando sanções impostas pelos EUA a Cuba. A acusação aponta que, no processo, o regime cubano recebeu valores que deveriam ser pagos diretamente aos médicos, o que teria enriquecido o governo da ilha e privado parte da população local de atendimento médico.

Quem são os brasileiros sancionados

  • Mozart Júlio Tabosa Sales – Médico formado pela Universidade de Pernambuco, com residência em Clínica Médica, especialização em Medicina Legal e doutorado em Saúde Integral pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). Servidor concursado desde 1999 no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, também atua como médico legista no Instituto de Medicina Legal de Pernambuco. Na vida pública, foi vereador do Recife (2004–2008) e presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal. No governo federal, exerceu funções no Ministério da Saúde e, entre 2012 e 2014, foi secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, período em que ajudou a criar o Mais Médicos.

  • Alberto Kleiman – Ex-servidor do governo federal, também atuou na implementação do programa Mais Médicos durante a gestão Dilma Rousseff.

O Mais Médicos foi criado para suprir a falta de profissionais em áreas remotas e periferias, com destaque para a contratação de médicos cubanos por meio de acordos com a Opas. O programa esteve ativo entre 2013 e 2018.

Fonte: G1

Redação: Liberdade FM