Polícia prende empresário suspeito de ataques cibernéticos a operadoras de internet, em Goiânia
Segundo a investigação, homem causou prejuízo de mais de R$ 230 mil a empresas. Defesa nega crimes e relata que acusações foram feitas por concorrentes.
E essa Internet.
Se de repente sua Internet para e logo volta, e no seu amigo também a mesma coisa, xii! meu provedor #$@, .Ops! Calma, seu provedor está empenhando em fazer tudo de melhor por você, entretanto as empresas provedoras de Internet têm sofrido constantemente com os chamados ataques de Negação de Serviço Distribuído (DDoS, na sigla em inglês).
Nesse tipo de ação criminosa, milhares de bots (robôs provindos da internet) forçam tentativas de acesso aos servidores das empresas simultaneamente e ininterruptamente. Devido à súbita sobrecarga, o acesso à internet fica prejudicado.
O ataque visa impedir o provedor vítima de conectar seus usuários à rede mundial de computadores e causar transtornos aos clientes. Buscando paralisar serviços essenciais, como farmácias, emissão de nota fiscal, impossibilitando o acesso a informação e conexões por meio da rede.
Esses casos já possuem procedimentos legais, e são registrados por boletim de ocorrência na Polícia Federal e Polícia Civil, que investigam todos os ataques.
O Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB), ligado ao Ministério da Justiça, é o responsável por realizar pesquisa e análise de dados informáticos e extração de dados lógicos em evidências existentes no tráfego ilegal.
O ataque não se trata de uma invasão do sistema e nem de roubo de dados da empresa provedora de internet vítima, mas sim da sua invalidação por sobrecarga na rede “um congestionamento de rede".
Não existe risco de perda de dados, acesso ou invasão aos dispositivos da empresa o dos clientes por este tipo de ataque, é simplesmente um congestionamento do circuito de rede ou da capacidade de carga do sistema.
O crime de interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de utilidade pública está previsto na Lei 12.737/12 e a pena chega a três anos de prisão.
Recentemente uma das ações de investigação da Policia Civil especializada (Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos - Dercc), realizou a prisão de um empresário de 31 anos suspeito de aplicar golpes a operadoras de internet e causar prejuízo a operadoras de todo o país, ele coordenava ataques a essas empresas, os quais só cessavam mediante pagamento.
Segundo as investigações, o preso era morador de Goiânia e tem uma empresa, que também é uma provedora de internet, no Setor Santos Dumont. As apurações indicaram que ele usava o codinome de “Guerreiro” para hackear as concorrentes, impedindo que elas conseguissem fornecer o serviço aos seus clientes.
Fonte: G1 Goiás