Água Boa reforça combate à Dengue com atualização de protocolos de saúde para médicos e enfermeiros

Na tarde de quarta-feira (26), os médicos e enfermeiros da Atenção Básica de Saúde de Água Boa se reuniram na sala de reuniões da ESF Central para participar de uma importante atualização dos protocolos de saúde do município. O evento teve como objetivo fortalecer as práticas clínicas e melhorar a qualidade do atendimento à população, com foco no diagnóstico e no manejo de doenças endêmicas, como dengue, zika e chikungunya.
O secretário de Saúde, Mateus, esteve presente e destacou a relevância de momentos como esse para garantir a excelência na prestação de serviços de saúde. "Essas atualizações são fundamentais para manter nossa equipe alinhada com as melhores práticas e garantir que a população receba o melhor cuidado possível", afirmou o secretário.
A palestra foi ministrada por Jardel Cristiano Bordignon, um renomado especialista na área de análises clínicas. Com uma formação sólida e mais de vinte anos de experiência, Bordignon é graduado em Farmácia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), possui habilitação em Análises Clínicas pela mesma instituição, é especialista em Microbiologia Clínica pela PUCPR e Mestre pela Faculdade de Medicina da USP. Além disso, acumula dezessete anos de experiência como professor em cursos de farmácia, enfermagem e medicina.
Durante a apresentação, Bordignon falou sobre os exames laboratoriais essenciais para o diagnóstico de doenças como dengue, zika e chikungunya, que são comuns na região de Água Boa. O palestrante enfatizou que os exames laboratoriais são complementares, e muitas vezes, não são definitivos para o diagnóstico de uma doença. "Um exemplo clássico é o exame NS1, utilizado para detectar a dengue nos primeiros dias de sintomas. Porém, ele tem uma alta taxa de resultados falso-negativos, o que significa que até 30% dos pacientes com dengue podem apresentar um teste negativo", explicou Bordignon.
Ele ressaltou ainda a importância da interpretação clínica dos resultados, afirmando que, embora os testes laboratoriais sejam valiosos, a clínica médica deve ser considerada a principal fonte para o diagnóstico. "A frase 'a clínica é soberana' é fundamental. Quando há forte suspeita de dengue, por exemplo, e o teste é negativo, isso não exclui a possibilidade de a pessoa estar com a doença", completou o especialista.
Bordignon também abordou a abordagem ideal para cada fase da doença. Para os primeiros 5 a 6 dias de sintomas, ele explicou que é mais adequado realizar exames como o NS1 para dengue e PCR para zika e chikungunya. Após esse período, a pesquisa de anticorpos para esses vírus se torna mais eficaz.
A palestra proporcionou aos profissionais de saúde de Água Boa uma compreensão mais aprofundada sobre os diagnósticos laboratoriais e suas limitações, garantindo que a equipe esteja cada vez mais capacitada para fornecer um atendimento de qualidade à população.
A Prefeitura de Água Boa segue comprometida com a melhoria contínua da saúde pública, promovendo encontros como este para fortalecer a qualificação dos seus profissionais e assegurar um atendimento de excelência à comunidade.
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Fonte: Ascom
Redação: Liberdade FM